sábado, 6 de junho de 2009

Futebol: sonho e ilusão - autoria do escritor José Pedro Frazão

O sonho do Aquidauanense Futebol Clube de disputar a final do campeonato estadual profissional da 1ª divisão tinha o mesmo ingrediente do sonho da cidade de Campo Grande tornar-se subsede da Copa Mundo de 2014: a ilusão.

Todos nós, de Anastácio e Aquidauana, sonhamos e torcemos pelo Azulão da Princesa, assim como chegamos a acreditar na possibilidade de Campo Grande receber os jogos da futura copa. Mas acabamos frustrados com a triste realidade que levou à desclassificação de ambos.

A cada jogo do Aquidauanense, mergulhávamos todos num mar de adrenalina. Éramos levados pela emoção do esporte e pelo ufanismo à cidade que se fazia representar no sonho da bola e na ilusão da glória. Orgulhávamo-nos com as vitórias, amenizávamos as derrotas e nos conformávamos com os empates. As mesmas explicações pacionais se adequavam às situações positivas e negativas.

O palco de sonhos e ilusões era feito de estádio lotado, gols comemorados, torcida alucinada, charanga animada, dirigentes esforçados, autoridades e empresários presentes e generosos – todos construindo uma esperança que uniu como nunca a grande comunidade adepta do futebol.

De algum modo quase todos sabíamos que o time vivia um retorno à elite do futebol, um sonho, uma possibilidade, e que havia mais fé que certeza. Só não imaginávamos, no calor da paixão, que há uma diferença muito grande entre sonho e ilusão no caminho de quem busca um objetivo. Não que estivéssemos totalmente iludidos, mas o nosso sonho não era um sonho lógico, era mais uma ilusão, uma utopia, talvez uma quimera e não propriamente um sonho.

O sonho, para se concretizar, precisa de fundamentos, de coerência; à ilusão basta a sorte. É como um estudante que “sonha” passar no vestibular, mas não estuda; aventura-se na ilusão de acertar as questões no “chute”. Foi assim com o futebol de Aquidauana e foi assim com a não escolha de Campo Grande para a Copa. O primeiro, porque há muitos anos entregou o seu futebol à própria sorte, ao improviso, ao acaso, sem educação esportiva, sem boas praças de esportes e sem os incentivos exigidos nos tempos modernos; a segunda - a despeito das politicagens federadas -, porque é notório que Campo Grande também não tem valorizado o futebol de base nem o profissional, tanto que o seu principal estádio vive em ruínas e os times da capital não ganham títulos há anos, perdendo totalmente a hegemonia do futebol sul-mato-grossense para o interior, num verdadeiro retrocesso.

É obvio que o problema é estrutural.

Sem planejamento, sem espaço adequado e sem educação esportiva, não se formam bons atletas. Por isso o time de Aquidauana era de jogadores, em sua grande parte, emprestados (de fora), de pouca afinidade com o sentimento esportivo local; logo, havia mais lealdade que amor à camisa.

Portanto, assim como o desestruturado futebol da Capital não foi suficiente para convencer a CBF e a FIFA, que optou mais pela valorização esportiva do Norte (Cuiabá) que pelo potencial ecológico do Sul (Campo Grande), o futebol do Aquidauanense também não se firmou como sonhava.

Se vencêssemos não seria a concretização de um sonho, mas apenas uma conquista passageira; não teríamos uma alegria real, somente euforia; uma ilusória aventura de momento. A sábia derrota nos ensina que é preciso recomeçar. Restou-nos dessa previsível desilusão o bom exemplo dos torcedores, o hercúleo esforço de desportistas abnegados e a vontade de alguns jogadores, que nos envolveram em sonhos e ilusões. E de tudo ficou a lição maior, que é preciso continuar sonhando, mas sem a ilusão de que futebol seja somente uma caixa de surpresas.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

31 MARFAVILHAS NATURAIS DO BRASIL

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terça-feira, 2 de junho de 2009

Derrota para Cuiabá “ressuscita” mudança do nome de MS

Paulo Fernandes
Minamar Junior - arquivo

Deputado Amarildo Cruz diz que mudança do nome de MS para Estado do Pantanal poderia ter ajudado Campo Grande a conquistar vaga de subsede na Copa

A derrota de Campo Grande para Cuiabá (MT) na disputa por uma das subsedes da Copa do Mundo de 2014, fez com que os deputados estaduais passassem a maior parte da sessão desta terça-feira da Assembléia Legislativa discutindo a possibilidade de mudar o nome de Mato Grosso do Sul para Estado do Pantanal.

A discussão teve início com o deputado Amarildo Cruz (PT), para quem a mudança do nome poderia ter ajudado Campo Grande a conquistar a vaga pantaneira na Copa, já que a maior parte das pessoas associa o Pantanal ao estado vizinho. O parlamentar lembrou que é comum nos noticiários nacionais que Mato Grosso do Sul seja chamado de Mato Grosso.

O deputado Rinaldo Modesto (PSDB) lembrou que até o ministro do Turismo, Luiz Barretto, “que tem parentes aqui” chamou Mato Grosso do Sul de Mato Grosso.

A discussão sobre a troca do nome do Estado ganhou força no governo Zeca do PT que, no entanto, não conseguiu convencer a população da necessidade e dos benefícios dessa mudança.

postado por Blog do Paim | 12:08 | 0 Comentários
Segunda-feira, 1 de Junho de 2009
Puccinelli diz que resposta a prefeito é “impublicável”

Aline dos Santos e Paulo Fernandes

O governador André Puccinelli (PMDB) não quis comentar a declaração do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, após a vitória do Mato Grosso na disputa pela Copa 2014. Ontem, depois do anúncio da Fifa (Federação Internacional de Futebol), Santos disse que Puccinelli ficou “chupando manga borbom”.

Nesta segunda-feira, Puccinelli afirmou que manga borbom “é gostoso”, mas que não dará resposta ao prefeito de Cuiabá por meio da imprensa. “Minha resposta é impublicável. Sou educado e responsável. Não vou falar agora”.

“André Puccinelli agora você está chupando manga borbom. Cuiabá mostrou que a vitória foi de um povo que se preparou para isso. Entenda que conquista não se faz com baixaria. Agora enquanto os políticos de Mato Grosso do Sul estavam xingando, nós estávamos trabalhando. Cuiabá levou a Copa. Maggi, você marcou um gol de placa, trazendo a maior competição do futebol mundial para Cuiabá”, afirmou Wilson Santos, segundo o site 24 Horas News.

A disputa pela Copa envolvia 17 cidades, mas a notícia de que uma das sedes seria no Pantanal fomentou uma guerra particular entre Cuiabá e Campo Grande. No início, a Capital de Mato Grosso do Sul explorou dados comparativos, como o de violência.

Enquanto Mato Grosso ocupava, em 2007, o 2º lugar no índice de mortes violentas na Pesquisa de Registro Civil mais recente do IBGE, Mato Grosso do Sul estava na 11ª posição. A estratégia de comparativos irritou os políticos do Estado vizinho.