segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Lourival reivindica redutores de velocidade em Anastácio


Segunda, 05 de Novembro de 2007 - 16:15 hs

O vereador Lourival José Barbosa (PTB) entrou com uma indicação na Câmara Municipal de Anastácio que reivindica a implantração de redutores de velocidade no município. A indicação nº 214/2007 foi encaminhada ao prefeito Cláudio Valério da Silva, ao secretário Municipal de Infra-estrutura, Divanilson Ferreira da Silva. Lourival solicita que dois redutores de velocidad (quebra-molas) sejam implantados na Rua João Teodoreto da Costa, um entre as Ruas 27 de Julho e Presidente Vargas, próximo ao Salão Visual e o outro entre as Ruas Padre Patrício e Azziz Scaff, próximo a Bicicletaria.

O vereador esclareceu ao site Anastácio Notícias que a medida vai contribuir na redução de acidentes e proporcionará mais segurança ao usuário daquelas vias.

Fonte: Ronaldo Regis

http://www.anastacionoticias.com.br/index.php?pagina=noticias-ver&codigo_noticia=6322

sábado, 3 de novembro de 2007

Miranda - MS: Criação de jacarés atrai turistas europeus a fazenda

31/10/07 -

Para quem só teve oportunidade de ver jacarés e crocodilos pela televisão, tocar um animal desses e até segurá-lo, posando para fotos, pode parecer utopia ou parte de um roteiro de filme de aventura. No entanto, isso é realidade em uma propriedade localizada distante 230 km de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Em pleno Pantanal da região de Miranda/MS, a fazenda Cacimba de Pedra - Reino Selvagem vem se transformando em destino turístico de centenas de turistas estrangeiros que correm até lá periodicamente para ver de perto o cultivo, em regime de confinamento, de 12 mil cabeças de jacarés-do-pantanal (Caiman crocodilus yacare).

Tudo surgiu no final dos anos 80 quando o produtor rural Gerson Bueno Zahdi resolveu investir em pesquisas de reprodução e criação do animal. Depois de desenvolver uma tecnologia própria que gerou o surgimento do jacaré precoce (que é abatido com pouco mais de um ano de idade com até oito quilos de peso), a novidade fez com que um público sedento por aventura e adrenalina não resistisse à tentação de visitar a fazenda para conhecer tudo de perto. Há pouco menos de dois anos, Zahdi e sua esposa, Rosaura Dittmar, não tiveram outra opção a não ser transformar a fazenda em hotel-fazenda.

A fazenda conta hoje com receptivo, restaurante, parque aquático piscina (no formato de um jacaré), pomar, rendário e atividades de acompanhamento da lida com o jacaré e com o gado de corte, potencializando o turismo rural em torno das atividades econômicas ainda consideradas principais (a pecuária bovina e a produção de jacarés em cultivo). "O turismo hoje já corresponde a 10% de nosso faturamento, contra 40% da exploração econômica do couro do jacaré e 50% da pecuária bovina de corte; no entanto, pelo ritmo crescente logo o turismo representará 30% de nossa receita", garante Zahdi.

Na verdade, Zahdi é o único empreendedor rural que desenvolve atualmente o cultivo do jacaré-do-pantanal no Mato Grosso do Sul com devida autorização do Governo Federal. E o fruto de quase 20 anos de trabalho hoje rende projeção nacional e internacional. Recentemente, a Rede Globo gravou cenas para capítulos da novela Alma Gêmea, com a atriz Priscila Fantin. Nestas cenas, a estrela global se inteirou e conviveu com os jacarés de forma muito próxima à qual os turistas também podem fazer.

E a imagem de local paradisíaco, selvagem e de aventura atravessou as fronteiras brasileiras e ecoa em boa parte da Europa. "Posso dizer que hoje 80% do meu fluxo turístico são de europeus, principalmente de países como Holanda, Portugal, França e Bélgica", garante Zahdi.

E para quem acha que visitar a Cacimba de Pedra é apenas "ver" jacarés, com certeza irá se surpreender. Tudo começa com a facilidade de acesso. De Campo Grande até lá são, no máximo, duas horas e meia de viagem de automóvel e sem nenhuma correria. Pega-se a BR-262 até Miranda (200 km); no trevo da cidade dobra-se a direita em direção ao distrito de Agachi. Daí em diante são mais 16 km de estrada asfaltada e outros 11 km de estrada vicinal de terra batida mas em bom estado de conservação. Este percurso também pode ser feito tranquilamente à noite uma vez que a Cacimba de Pedra preocupou-se em instalar uma sinalização noturna em todo o trajeto. É Praticamente impossível se confundir.

Logo no receptivo do hotel-fazenda, os hóspedes são recebidos pela gerente geral Hellen ou, invariavelmente, pelos próprios proprietários: Gerson e Rosaura, ela que cuida mais da administração da atividade turística na propriedade. Esta recepção geralmente passa por uma sopa ou caldo de jacaré. Depois de acomodados em seus apartamentos, os turistas têm opções diversas de atividade, como a visita ao matrizeiro e ao "berçário" ou células de desenvolvimento. No primeiro, ele tem contato bem próximo com os jacarés adultos, de aproximadamente três metros de comprimento. Podem tirar fotos e até alimentar os animais. Na área das células, o visitante acompanha as diferentes fases de desenvolvimento do animal a partir da eclosão dos ovos capturados na natureza - sistema ranching de produção. Neste local os jacarés crescem até por volta de um ano e um ano e meio de idade, quando são abatidos.

Também é possível fazer a focagem noturna de jacarés, um espetáculo fantástico, uma vez que os olhos dos animais refletem com espantosa naturalidade as luzes emitidas por lanternas ou faróis de automóveis. Mas além do jacaré, o turista acompanha também a lida com o gado bovino (são cerca de duas mil cabeças na fazenda) e pode se aventurar em uma farta pescaria, mas com apenas um detalhe: não é permitida a captura dos peixes; todos eles são levados de volta para a água.

De volta à sede da fazenda é hora de matar a fome. O prato principal, como não poderia deixar de ser, é o jacaré. No entanto, ao contrário do que se possa imaginar, sua carne possibilita o preparo de várias e diversificadas iguarias gastronômicas. Isso pelo fato de se aproveitar quase todo o animal: patas, coxas, sobrecoxas, filé da cauda, file ventral, filé dorsal e pescoço. Dos pratos que impressionam podem ser citadas as "patinhas de jacaré" e "iscas de jacaré" (excelentes tira-gosto), jacaré ensopado, o filé grelhado e flambado além do exótico sashimi de jacaré.

Fonte: MS Notícias

http://www.portalbonito.com.br/cultura/noticias_ler.asp?id=11916

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

A culpa é de Tordesilhas - Sebastião Nery

SALVADOR - Em 1965, foi criado o município de Anastácio, desmembrado de Aquidauana, em Mato Grosso do Sul, entre Campo Grande e Corumbá. O governador Pedro Pedrossian, adversário do primeiro prefeito de Anastácio, Vicente Medeiros, fez uma estrada ligando Aquidauana a Jardim, mas, por birra, o DER tirou Anastácio do caminho e fez a placa assim: "Rodovia MT-65, Aquidauana/Jardim".

Anastácio ficou indignada. Houve um congresso de municípios em Cuiabá. Na sessão de encerramento, o prefeito de Anastácio pediu a palavra:

- Gostaria que mandassem providenciar a escritura do município de Anastácio, já que não é reconhecido nem pelo senhor governador.

E mostrou uma foto da placa. O deputado René Burbour, aliado do governador, que presidia a solenidade, respondeu:

- O senhor prefeito tem toda a razão. Eu, inclusive, já escrevi a Portugal, pedindo a escritura do Brasil. Assim que chegar, faremos um desmembramento e mandaremos a sua escritura. A culpa é do Cabral, que nos descobriu, não fez o desmembramento e esqueceu de mandar fazer a escritura.

Eike e Dirceu

O playboy Eike Batista e seu lobista José Dirceu estão com ódio dos reis Dom João II de Portugal e Fernando e Isabel de Castela e Aragão, e do papa Eugenio IV, que, no Tratado de Tordesilhas, de 1494, deixaram a Bolívia para os espanhóis. Pensavam que era mais fácil fazer corrupção lá nas bandas do Evo Morales e agora viram que nos governos de Lula e PT é muito mais.

O Eike havia corrompido um punhado de autoridades bolivianas anteriores e estava construindo uma imensa carvoaria, que ele chamava de Siderúrgica EBX, em Puerto Suarez, do lado de lá do rio Paraguai, em frente a Corumbá, para fazer ferro-gusa queimando a madeira do Pantanal boliviano.

As leis bolivianas de meio ambiente proíbem qualquer tirada de madeira às margens dos rios. Eike comprou as leis, como compra escolas de samba no Brasil. Mas veio o Evo Morales e pôs o Eike para correr. Ele pôs seu guarda-costa-mor José Dirceu em um jatinho e mandou ir lá negociar. Não adiantou.

Marina Silva

Na época, os jornais contaram que Eike estava querendo fazer do lado brasileiro o que não conseguiu do lado boliviano: trazer os fornos de sua carvoaria para a outra margem do rio Paraguai, em Corumbá, Mato Grosso do Sul, e queimar o que resta de madeira virgem no Pantanal mato-grossense.

O Eike e o Zé Dirceu estão acostumados a queimar propinas e mensalões pagando corrupção. E a moral do governo Lula e do PT hoje é a dos espertos faturantes públicos Paulo Betti ("não há governo sem as mãos sujas, não dá para governar sem botar a mão na merda") e Wagner Tiso ("não estou preocupado com a ética do PT nem com qualquer tipo de ética").
Mas ninguem acreditava que eles conseguiriam dobrar a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, com todo seu passado e seu penache.

"Veja"

Pois esta semana, no "Radar" da "Veja", o Lauro Jardim contou:

"O ferro de Eike - Sabe aquele projeto de uma usina de ferro-gusa, empreendimento de Eike Batista que deu uma tremenda confusão na Bolivia? A alegação inicial, da turma de Evo Morales, era que havia problemas ambientais no projeto. Mas, na semana passada, foi dada (sic) uma licença ambiental para o mesmíssimo projeto (ou seja, dois fornos de ferro-gusa para 400 mil toneladas por ano) num local distante 8 quilômetros daquele. Mas foi em Corumbá, Mato Grosso do Sul, Brasil"...

Zeca do PT

Agora, recebi, de Corumbá, a denúncia com a história toda, gravíssima, mandada pelo jornalista Leonardo Campos, em nome da Associação de Moradores de Maria Coelho, distrito a 40 quilômetros de Corumbá (MS):

1 - "Mato Grosso do Sul aguarda apreensivo pela decisão da Justiça no caso da doação de um terreno à EBX Siderurgia, do empresário Eike Batista. A EBX recebeu um terreno de 250 hectares do governador do Mato Grosso do Sul, José Orcirio Miranda dos Santos, o Zeca do PT (que está muito guloso e vai deixar o governo levando uma surra de dar bicho), pertencente à EGRHP (Empresa de Gestão de Recursos Humanos e Patrimônio do Estado)".

Pantanal

2 - "O terreno fica em Maria Coelho, distrito de Corumbá. Foi doado ilegalmente e sem nenhuma licitação. Além de improbidade administrativa - terreno público doado para fins privados -, 70 famílias, que residem em área de 60 hectares do terreno, estão ameaçadas de expulsão. São crianças, mulheres e idosos, que moram em pequenas propriedades rurais, próximas ao maciço de Urucum, segunda maior reserva de managanês da América Latina".

3 - "As questões sociais e administrativas são dois problemas que se somam ao risco ambiental. É uma área com nascentes de água mineral e cujos córregos podem secar, após a implantação da exploração da siderúrgica. Os empresários locais temem que o lobby de Eike Batista (e de seu agora sócio José Dirceu) se sobreponha à lei e aos direitos dos moradores da região".
Com a palavra, a ecológica (ainda?) ministra Marina Silva.

sebastiaonery@ig.com.br